Eustáquio Rangel

Desenvolvedor, pai, metalhead, ciclista

Puxando a carroça

Publicado em Developer


Carroça

Eu como todo bom morador aqui do interioRRRR de São Paulo com mais de 30 andei bastante de charrete quando era criança. Longe de ser um meio de transporte eficaz ou politicamente correto (tadinho do equino) é uma das coisas que me lembro bem da infância. Inclusive havia o mistério daquela viseira (vulgo tapa-olho) que utilizavam nos pobres equinos. Qual seria a utilidade daquilo, pensava eu?

Após alguns anos descobri. Aquilo serve para o equino enxergar apenas em uma direção, a que o seu condutor deseja. Ele nunca enxerga o quadro todo da situação, apenas o que se encontra na sua frente, e sem ela o raio de visão do equino abrange até quase a cauda, porém não enxerga bem de perto. Se você chegar por trás ele pode assustar, pois enxerga vultos, e você pode levar um belo de um coice.

Hoje em dia as charretes diminuíram, existem ainda por aí, mas apareceram outros tipos de "charretes com equinos com viseiras" como essa aqui. Chega a ser um insulto com o pobre animal fazer essa comparação, tadinhos deles. Me desculpem, equinos, mas não é por mal.

Nesse post (e gráfico) um sujeito esboça e faz uma comparação de programadores de várias linguagens. Eu até acho graça em alguns desses gráficos mas fico puto da vida quando o sujeito não tem a mínima idéia do que está falando. Nesse caso, ele parece ter uma birrinha besta com Ruby ao ponto de nem saber o que é linguagem direito. Olhem só o que ele escreveu:

Ruby programmers consider themselves superior to everybody, but are not aware of the existence of non-web languages.

O dito cujo acha que Ruby é uma "linguagem para web". Ou seja, não fez o mínimo de pesquisa necessária (leia-se entrar no site da linguagem e dar uma lida de uns 5 minutos) antes de fazer o seu gráfico e está indo na onda falando com base no Rails. Rídiculo. Não sei se esse pessoal é birrento ou inseguro.

Observação 1: Parece que na ilustração acima o cara está com uma carga pesada demais de trabalho. Talvez pode ser essa a razão que alguns saem falando besteira por aí.

Observação 2: Esse negócio de "programador X", "programador Y", "programador Z", sendo X, Y e Z quaisquer linguagens escolhidas é papo para boi dormir ou de gente muito preguiçosa de tirar a bunda da cadeira e ir aprender alguma coisa nova. A gente pode gostar mais de uma linguagem ou outra, mas bater um carimbo desses na testa e sair batendo de frente com os "outros" realmente em minha opinião é uma besteira muito grande. Como diria Robert A. Heinlein, "especialização é para insetos".




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